Primeira vez no Brasil, depois de 8 anos – viagem de ida

No início desse mês, viajamos para o Brasil. A última vez foi há 8 anos, e essa também foi a primeira vez da pequena.
A viagem não estava programada, meu marido estava com o PR vencido, mas estávamos com uma semana de férias marcada para a primeira semana de agosto.
Meus planos eram de ir ao parquinho, parque de águas e quem sabe, uma ida a Niagara Falls. Mas na quinta-feira, dia 27 de julho, o cartão dele chegou, e brincando, eu comentei que poderíamos ir ao Brasil. Ele levou a sério. 🙂 Nós entramos no site da Air Canada, e compramos as passagens para o domingo, dia 30.
Eu sempre fui muito ansiosa. Tenho que programar tudo com muita antecedência, pensar no que levar, o que fazer, e eu não tive tempo para muita coisa. Fiquei uma pilha. Passei as próximas noites praticamente sem dormir, tentando organizar tudo enquanto faxinava a casa. Sim, porque eu não viajo sem deixar a casa um brinco. Vai que acontece uma emergência e alguém precisa entrar: vai encontrar uma zona? Nem pensar. Eu sei, coisa de doido, né? Mas, como diriam as blogueiras famosinhas: “quem me conhece sabe” que eu nunca sairia com a casa desarrumada. Hahaha!
Na correria do dia da viagem, esqueci de levar dinheiro. Não tinha um tostão, nem canadense, nem real. Acabei comprando R$300,00 por C$91.00 num quiosque do banco no aeroporto, com o cartão de crédito mesmo.
Eu não sei se isso é procedimento novo, afinal, são 8 anos sem viajar internacionalmente, mas na ida, depois de despachar as malas, passamos pelo raio-x. Ali, você tira todos os eletrônicos das bagagens de mão e coloca numas bandejas que passam pelo raio-x. Algumas coisas eles falam que você pode pegar assim que a bandeja passa, outras, eles fazem alguma anotação e te entregam numas baias separadas por acrílico. Nessa parte, eu não sabia, mas você só pode pegar suas coisas quando eles liberam. Sem saber de nada, porque ninguém te avisa, eu coloquei a mão na bolsa para pegar, e uma outra funcionária arregalou os olhos. Eu nem me mexi, porque não sabia o que estava acontecendo. Aí, o funcionário que estava me atendendo, deu um ataque de pelanca. Começou a falar alto, que ele não mandou eu fazer nada, que teria que passar tudo pelo x-ray novamente, e eu, já cansada, nervosa e sem entender nada, comecei a discutir com ele. A tal funcionária dos olhos arregalados me apalpou toda enquanto eu xingava todos os palavrões que eu conhecia em português (sim, porque nessas horas, nada como a sua língua materna para expressar seus sentimentos). Que ódio. Por que não avisar? Eles colocam a bandeja na sua frente sem falar nada, e você tem que adivinhar que não pode pegar? Sinceramente. Fica o aviso para quem, como eu, não sabia dessa novidade.
O voo Toronto/SP foi tranquilo, nós conseguimos pegar “preferred seats” (os assentos perto da saída de emergência) pagando um pouco mais (C$100.00 por assento, se não me engano), então tivemos mais espaço na ida.
Em SP, conseguimos os mesmos assentos preferenciais (nesse avião, a primeira fileira) no balcão, pois estávamos viajando com criança.
O voo de São Paulo para o Rio atrasou mais de uma hora, por causa das condições pela manhã. A vontade era chegar logo, mas deu tempo de aproveitar e já começar os trabalhos gastronômicos. Você sabia que no aeroporto de SP tem rodízio de Pizza Hut? Foi ali mesmo que almoçamos antes de ir para o RJ.
A viagem toda, contando engarrafamento em Toronto, atraso no voo de SP para o Rio, engarrafamento no RJ, foram quase 24 horas. A pequena ficou enjoada no final do voo de Toronto, normal para uma criança pequena tendo que lidar com tantas emoções e a turbulência.
Bom, esse foi o resumo da nossa viagem de ida. Vou escrever sobre cada passeio que fizemos, fique ligado! 🙂